domingo, 15 de março de 2009

JOGOS E BRINCADEIRAS


O que é brincar para a criança?


Os jogos da criança pequena são fundamentais para o seu desenvolvimento e para a aprendizagem, pois envolvem diversão e ao mesmo tempo uma postura de seriedade. A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite às crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem. A brincadeira expressa a forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza, constrói,destrói e reconstrói o seu mundo.
Bruno Bettelheim, fala que a brincadeira é uma ponte para a realidade e que nós, adultos, através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo: quais são as suas preocupações, que problemas ela sente, como ela gostaria que fosse a sua vida. Ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras. Ou seja, brincar é a sua linguagem secreta que devemos respeitar mesmo que não a entendamos.
JOGO LIQUIDAÇÃO -> quando a criança busca superar situações desagradáveis. É como se ela zombasse de suas próprias limitações e as enfraquecesse. Em cada momento do seu processo de desenvolvimento, a criança utiliza-se de instrumentos diferentes e sempre adequados às suas condições de pensamento. À medida que ela cresce, as brincadeiras modificam-se, evoluem.
JOGOS DE EXERCÍCIO -> ou jogos funcionais, têm início aproximadamente aos quatro meses de idade, quando a criança começa a ter uma melhor coordenação da visão e da apreensão. Os jogos de exercício que envolve ações mentais, isto é, o pensamento, como acontece nos jogos de combinações de palavras. EX: “Hoje é domingo pede cachimbo...”, ou “Um, dois, feijão com arroz...”
Essas atividades lúdicas não necessitam de qualquer técnica particular, são simples exercícios.
JOGOS DE MANIPULAÇÃO -> são praticados a partir do contato da criança com diferentes materiais, movidos pelo prazer que a sensação tátil proporciona.
JOGOS DE CONSTRUÇÂO -> acontecem quando a criança faz ordenações sobre os objetos. São responsáveis por aquisições para o desenvolvimento motor e intelectual da criança, tais como classificação, a seriação, o equilíbrio, as noções de quantidade, tamanho e peso, bem como a discriminação de formas e cores.
JOGOS SIMBÓLICOS -> também chamados de “faz-de-conta”. Por meio deles, a criança expressa a sua capacidade de representar dramaticamente.
Entre 1 ano e meio e 3 anos de idade, acriança começa a imitar suas ações cotidianas e passa a atribuir vida aos objetos.
COMPENSAÇÃO -> vai se imaginar realizando coisas que os adultos podem e ela não. EX: a criança brinca que está dirigindo automóvel, ou apagando um incêndio. A criança aprende agindo “como se fosse” alguma coisa ou alguém específico.
TRANSPOSIÇÂO: a criança age com um determinado objeto (real), mas utiliza-o com uma função (imaginária) diferente da habitual. EX: a criança deseja montar em um cavalo, então ela toma uma vassoura e a coloca no lugar do cavalo.
N o jogo de “faz-de-conta”, a criança experimenta diferentes papéis sociais, funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos.
Dos 4 aos 7 anos, a busca pela aproximação ao real vai caracterizar os jogos simbólicos. A criança desejará imitar de forma mais coerente.
Segundo a professora Vera Lúcia dos Santos, no decorrer da fase do jogo simbólico, existem três características fundamentais que evoluem simultaneamente:
1) Forte tendência à ordenação. As crianças preocupam-se em ordenar seus jogos, escolhendo objetos de composição.
2) Evidencia-se a intenção de realismo que conduz o jogo para a imitação exata do real. As crianças buscam objetos mais próximos dos objetos reais que funcionem como suporte para suas cenas;
3) A capacidade de organização e o desenvolvimento da imitação acarretarão maior diferenciação de papéis, propiciando o surgimento do verdadeiro grupo de jogo.
JOGOS DE REGRAS -> é necessário que haja cooperação entre os jogadores e isso exige, certamente, um nível de relações sociais mais elevados. As brincadeiras e os jogos são espaços privilegiados para o desenvolvimento infantil e para a sua aprendizagem.
O papel do professor
Cientes da importância dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil, o professor deve elaborar propostas de trabalho que incorporem as atividades lúdicas. Deve também, propor jogos e brincadeiras. Não há necessidade de o jogo ser espontâneo, idealizado pela criança. “O que faz do jogo um jogo é a liberdade de ação física e mental da criança nessa atividade”. (BRASIL, 1995b, p.103).
Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje atividades lúdicas, é preciso, que ele acredite que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade.
A professora Vera Lúcia dos Santos diz que a atitude do professor é, sem dúvida, decisiva no que se refere ao desenvolvimento do faz-de-conta. Ela destaca três funções diferenciadas que podem ser assumidas pelo professor, conforme o desenrolar da brincadeira:
1) Função de observador, na qual o professor procura intervir o mínimo possível, de maneira a garantir a segurança e o direito à livre manifestação de todos;
2) Função de catalisador (perceber), procurando, através da observação, descobrir as necessidades e os desejos implícitos na brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de tal atividade;
3) Função de participante ativo nas brincadeiras, quando como um mediador das relações que se estabelecem e das situações surgidas.


Por Renata Gonçalves

A LÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL







Piaget (1998) acredita que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Em torno dos 2-3 e 5-6 anos (fase Pré-operatória) nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o acontecido, mas também de executar a representação.
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por conseqüência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, o jogo constituiu-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.
Vamos analisar uma entrevista feita por Piaget com crianças sobre o jogo “Bola de gude”.
O experimentador fala mais ou menos isso. “Aqui estão algumas bolas de gude… você deve me mostrar como jogar. Quando eu era pequeno eu costumava jogar bastante, mas agora eu me esqueci como se joga. Eu gostaria de jogar novamente. Vamos jogar juntos. Você me ensinará as regras e eu jogarei com você…”. Você deve evitar fazer qualquer tipo de sugestão. Tudo o que precisa é parecer completamente ignorante (sobre o jogo de bola de gude) e até mesmo cometer alguns erros propositais de modo que a criança, a cada erro, possa dizer claramente qual é a regra. Naturalmente, você deve levar a coisa a sério, e se as coisas não ficarem muito claras você começará uma nova partida.(Piaget, 1965, p.24).
Com os jogos de regras podemos analisar por traz das respostas, informações sobre seus conhecimentos e conceitos. Esses níveis de conhecimento podem ser classificados como: Motor, Egocêntrico, Cooperação e Codificação de Regras, e são paralelos ao desenvolvimento cognitivo da criança.
Motor: Nível apresentado nos primeiros anos de vida e que normalmente se estende até o estágio pré-operacional. No estágio de compreensão de regras, a criança não apresenta nenhuma compreensão de regras. O prazer da criança parece advir grandemente do controle motor e muscular, e não há atividade social nesse nível.
Egocêntrico: Em geral, essa fase se dá dos 2 aos 5 anos, a criança adquire a consciência da existência de regras e começa a querer jogar com outras crianças – vemos nesse ponto os primeiros traços de socialização. Mas notamos também que algumas crianças insistem em jogar sozinhas, sem tentar vencer, assim revelando uma atividade cognitiva egocêntrica. As regras são percebidas como fixas e o respeito por elas é unilateral.
Cooperação: Normalmente a cooperação acontece em torno dos 7 a 8 anos. Há uma compreensão quase que plena nas regras do jogo e o objetivo passa a ser a vitória.
Codificação das Regras: Por volta dos 11 a 12 anos, a maioria das crianças passa a entender que as regras são ou podem ser feitas pelo grupo, podem ser modificadas, mas nunca ignoradas. A presença de regras se torna um fator importantíssimo para a existência do jogo.
Segundo Piaget (1976): “… os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”.
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.(Piaget 1976, p.160).
Já Vygotsky (1998), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.
Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não.
Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget fala do jogo simbólico, e pode-se dizer, segundo Oliveira (1997), que são correspondentes.
“O brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança”. (Oliveira, 1977: 67), lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através das zonas de desenvolvimento: a real e a proximal. A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham adquirido esse conhecimento.
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade (Vygotsky, 1998)”.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977, 58).
Na visão sócio-histórica de Vygotsky, a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social, com contexto cultural e social.
Para Vygotsky, citado por Wajskop (1999:35): “… A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão à distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz”.
Vygotsky, citado por Lins (1999), classifica o brincar em algumas fases: durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representado pela mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a fase estende-se até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas.
Vygotsky (1989: 109), ainda afirma que: “é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos”.
A noção de “zona proximal de desenvolvimento” interliga-se, portanto, de maneira muito forte, à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e à sua aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe. (Pourtois, 199: 109).
As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky.
No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança.
NEGRINE (1994, 20), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”.
Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sócio-cultural, para formular sua proposta pedagógica.
Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
Porém essa perspectiva não é tão fácil de ser adotada na prática. Podemos nos perguntar: como colocar em prática uma proposta de educação infantil em que as crianças desenvolvam, construam/adquiram conhecimentos e se tornem autônomas e cooperativas?Como os professores favorecerão a construção de conhecimentos se não forem desafiados a construírem os seus? O caminho que parece possível implica pensar a formação permanente dos profissionais que nela atuam.
“… é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam, mais do que “implantar” currículos ou “aplicar” propostas à realidade da creche/pré-escola em que atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação”. (Kramer apud MEC/SEF/COEDI, 1996 p.19).
“Os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados mais o essencial é que, para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecerá com ela.” ( Jean Piaget)



CONCLUSÃO
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou-o a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Grande parte desse conhecimento é adquirida através das zonas do conhecimento onde os jogos e brincadeiras infantis têm sua principal influencia, onde as noções de regras são criadas, a socialização se faz presente, o simbólico é exercitado, além do físico e o mental. Fazendo uma comparação relativa com os pensamentos e a linha de trabalho de Vygotsky.
Piaget forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais. De fato, suas contribuições para as áreas da Psicologia e Pedagogia são imensuráveis.



CURIOSIDADES SOBRE PIAGET
O pai de Piaget, Arthur Piaget, era professor de literatura.
Piaget com apenas 10 anos publicou, em Neuchâtel, um artigo sobre um pardal branco.
Aos 22 anos, já era doutor em Biologia.
Escreveu cerca de 70 livros e 300 artigos sobre Psicologia, Pedagogia e Filosofia.
Casou-se com uma de suas assistentes, Valentine Châtenay.
Observando seus filhos, desvendou muitos dos enigmas da inteligência infantil.
Vygotsky prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança, de Piaget, de 1923.
Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente.



Autor: Ricardo Jorge Teixeira

sexta-feira, 13 de março de 2009

ENTREVISTAS SOBRE OS JOGOS E BRINCADEIRA EM SALA DE AULA COM PROFESSORES DA ESCOLA VALDENI BATISTA DOS SANTOS CARDOZO. IPANEMA, AMERICA DOURADA

1 – O que você acha de ensinar as disciplinas curriculares aos alunos através de jogos e brincadeiras?
R: As crianças podem utilizar várias linguagens para resolver os mais diversos problemas, sejam eles envolvendo situações matemáticas ou não. Pois, mesmo antes de adquirirem a escrita, as crianças se comunicam através de desenhos, brincadeiras, gestos e outras formas de expressão. Não saber ler e escrever não é sinônimo de incapacidade para ouvir e pensar..
A ludicidade pode estimular a construção de conceitos matemáticos (noções de mais, menos, maior, menor, igual, diferente, inclusão, medidas, peso, dentre outros) que podem favorecer o surgimento de estruturas operatórias, tais como: classificação, seriação e demais operações”. Por isso, o trabalho com matemática na escola infantil não pode ser espontaneísta e casual. A escola precisa encarar o ensino da matemática na educação infantil com o mesmo grau de importância que qualquer outra área do conhecimento. Aprender matemática, assim como aprender a ler e escrever, é um processo que se estende por toda vida do sujeito.
A prática educativa torna-se mais eficaz quando o professor é o agente mediador e a criança um sujeito participativo do processo de ensino/aprendizagem. Por isso, eu enquanto professor, utilizaria em sala de aula o jogo e a brincadeira, não como meros passatempos, mas como instrumentos de construção da aprendizagem e de desenvolvimento da criança, utilizando da intervenção adequada para que os jogos e brincadeiras, além de proporcionarem alegria e diversão sejam vias da aprendizagem.

Professor: Francisco Ferreira
Turma: 5º ano do ensino fundamental

R: Percebe-se que é uma forma das crianças expressarem seus sentimentos e aprendizado muito mais divertido com mais interesse. Sendo assim, o professor conseguirá expor seus conteúdos e alcançar seus objetivos.

PROFESSORA: Juliana
Turma: Grupo 4 da educação infantil

R: Trabalhar o lúdico é muito importante para o desenvolvimento intelectual além de promover a socialização entre os alunos, os jogos e as brincadeiras despertam o interesse das crianças por fazer parte do seu universo, contribuindo para que a aprendizagem aconteça de uma forma divertida.

Professora: Fabiana Freitas
Turma: 4º ano do ensino fundamental

R: Bastante pertinente, pois, possibilita que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de forma prazerosa. As atividades em educação devem possibilitar que os conteúdos sejam apresentados de uma forma lúdica,o aluno aprende brincando ,como por exemplo na disciplina matemática,os jogos numéricos favorece,dentre outras coisas, a criança fazer o uso dos números ,amplia suas representações e os familiariza mais com a matéria.

Professora: Marlice Dourado
Turma: Grupo 5 da educação infantil

R: A brincadeira é muito importante para o desenvolvimento da criança. Ela promove a socialização e o desenvolvimento intelectual, afetivo, social dos pequenos.

Quanto à questão de brincadeiras para ensinar conteúdos é uma forma atraente, divertida que permite envolver as crianças de maneira que aprendam brincando. No entanto, é preciso ver o cuidado para que a brincadeira não seja utilizada apenas com a finalidade de ensinar as disciplinas e perder seu caráter lúdico.

Professora: Ionéia Ferreira
Turma: 6º ao 9º ano do ensino fundamental

R: O ensinar faz parte do brincar, os jogos além do envolvimento dos mesmos por parte de grupos ou até mesmo por si torna um aprendizado novo , algo descoberto.Através dos jogos e brincadeiras os alunos muitas das vezes revelam sua própria imagem e criatividade.

Professora: Josinete Arruda
Turma: 3º ano do ensino fundamental

R: Não a aprendizado sem movimento a aprendizagem, abre o caminho da vida, do mundo, das possibilidades de ser feliz
Quando consideramos o jogo e a brincadeira como instrumentos de ensino, também é possível classificá-los em dois grandes blocos: o jogo e a brincadeira desencadeadores de aprendizagem e o jogo e a brincadeira de aplicação. Quem vai diferenciar esses dois tipos de jogos e brincadeiras não é o brinquedo ou brincadeira, não é o jogo, nas sim a forma como eles serão utilizados em sala de aula. Na verdade, acredito que é a postura do professor, a dinâmica criada e o objetivo estabelecido para determinado jogo que serão colocados em classificação.

Professora: Hagar Araújo
Turma: EJA (educação de jovens e adultos)

terça-feira, 10 de março de 2009


Dez Jogos e Brincadeiras para Educação Infantil
Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim, seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem como fora dela. CAIXA DE SENSAÇOES: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material. CAMINHO COLORIDO: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.Atividades que desenvolvem a psicomotricidade TOCA DO COELHO: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca. DE ONDE VEM O CHEIRO? A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro. DENTRO E FORA :Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados. ARREMESSO:O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráficoexplicativo PNEUS:Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair. QUE SOM É ESSE? Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos. CAIXA SURPRESA: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é. PEGA-PEGA DIFERENTE:Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas. Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escola

As brincadeiras e jogos infantis exercem um papel muito além da simplesdiversão, possibilitam aprendizagem de diversas habilidades e são meios que contribuem eenriquecem o desenvolvimento intelectual da criança (Piaget, 1976).A importância de brincar na educação infantil está expressa por lei incluída no“Referencial Curricular de Educação Infantil” (MEC/SEF/DPE, 1998), publicação nacional doMEC. O brincar é uma atividade espontânea e difere do jogo, pois este possui regras e limites,por isso a proposta de utilização destes recursos, deve estar de acordo com a faixa etáriaabordada na ocasião (Friedmann, 2004,1994).Existe uma variedade de brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas, masem recente pesquisa (Kishimoto, 2001), verificou-se que os mais significativos são oschamados educativos, materiais gráficos, de comunicação nas salas e os de educação física,para o espaço externo.Os jogos e brincadeiras que abordam locomoção e equilíbrio estão na educaçãofísica (55%), já os que trazem experiências sensoriais, estão relacionados à música (66%).Embora as porcentagens sejam significativas dentro de diversos itens criteriosamenteavaliados, não são descritas atividades lúdicas em sala de aula envolvendo conceitos delateralidade e uso dos sentidos.Os jogos sensoriais podem contribuir para a formação do futuro adulto. É o quedescrevem alguns pesquisadores sobre o trabalho de Maria Montessori (Leift,1978). Estesjogos sensoriais foram destinados a estimular os diferentes sentidos, de forma que os mesmospossam se desenvolver satisfatoriamente no decorrer da vida da criança.Um ponto negativo em utilização de jogos e brincadeiras, como suportepedagógico no aprendizado de conteúdos específicos, é que em parte dos casos o professornão tem a visão de que, com o lúdico, a criança aprende tão bem ou até melhor do quequalquer atividade tradicional limitada a livros e cadernos. O fato de estar numa brincadeira nãorepresenta um momento de lazer, e sim uma forma alternativa de aprender.Neste trabalho é feita uma análise crítica descritiva desses brinquedos emateriais pedagógicos, e relata a dificuldade do acesso aos mesmos, por parte das crianças,pelo fato de ficarem armazenados em armários fechados, em estantes altas ou em locaisinacessíveis às crianças.

Igor Zumba DAMASCENO,Tathiane MILARÉ1Luiz Antonio Andrade de OLIVEIRA,Olga Maria Mascarenhas Faria de OLIVEIRA2,Rosebelly Nunes MARQUES3







Sejam bem-vindos ao blog jogos e brincadeiras na sala de aula. Somos do 7° semestre de pedagogia da Unopar( Universidade Norte do Paraná). Usaremos este espaço para discutir o uso dos jogos e brincadeiras na escola


Cristiane Freitas Costa de Araújo
Elaine Barbosa Ferreira
Fernanda Freitas Costa
IvailtonPereira da Silva
Kezia Brandão
Vânia Macedo de Souza